Tratamentos Experimentais

Tratamentos Experimentais

A pesquisa em câncer costuma ser dividida em dois tipos.

A pesquisa básica corresponde àquela realizada em laboratórios, envolvendo cultura de células tumorais ou xenotransplantes (tumores implantados em animais de experimentação). Estudos de biologia celular, rotas metabólicas, expressão de oncogenes e proteínas, receptores de membrana, mecanismo de ação e farmacocinética de novas drogas são feitos em laboratório e representam uma etapa indispensável para a evolução do conhecimento.

A pesquisa clínica somente é proposta quando o conhecimento obtido em ciência básica permite a elaboração de um projeto de estudo clínico bem fundamentado tanto técnica como eticamente. Com a finalidade de proteger os pacientes, os estudos clínicos para novas drogas no tratamento do câncer são classificados em fases. Estudo de fase I é aquele destinado a avaliar o comportamento cinético da droga no homem. Envolve avaliação da dose, biodisponibilidade, metabolismo e excreção. Estudo de fase II destina-se a testar o espectro de tumores sobre o qual a nova droga é eficaz, bem como avalia seus para-efeitos. Um alto índice de resposta de um tipo específico de câncer à droga nova testada após vários estudos de fase II permite a elaboração de um estudo de fase III. Este exige distribuição dos pacientes para dois braços, um de tratamento standard e outro que avalia o tratamento novo. O estudo de fase III somente se justifica quando o novo tratamento proposto já demonstrou em fase II respostas que superam as esperadas com o tratamento convencional ou quando a despeito da mesma taxa de resposta há uma expressiva diminuição de efeitos adversos.

A elegibilidade de pacientes para programas de pesquisa é dependente dos critérios técnicos específicos de inclusão e também de um consentimento informado do paciente. Os projetos de pesquisa em câncer somente são conduzidos em Instituições autorizadas para lidar com experimentação laboratorial ou clínica. Todos os projetos têm que compulsoriamente passar pela comissão de ética da Instituição, cuja função primordial é o de assegurar o respeito pela vida.